Nosso País tem grande potencial para ser líder mundial em proteção ambiental. Porém neste momento, quando outras nações olham para nós, elas vêem um país prestes a destruir florestas tropicais com as alterações no Código Florestal e tirar à força os povos indígenas e ribeirinhos de suas terras. Ai fica a pergunta: Como nosso país irá sediar ano que vem a Rio+20?
O projeto prevê a construção de uma barragem principal no Rio Xingu, localizada na cidade de Altamira no Pará. Será a maior usina inteiramente brasileira e compartilhará uma potência de 11,233 GW. A energia assegurada pela hidrelétrica terá a capacidade de abastecer uma região de 26 milhões de habitantes. O processo para a concretização da obra já dura mais de vinte anos, sendo que os estudos para o planejamento começaram há mais tempo, em 1975. O projeto é criticado e reprimido por movimentos sociais e lideranças indígenas. Para eles, o projeto não considera os impactos socioambientais resultantes.
Antes de falar sobre os pontos positivos e negativos veja esse depoimento do Cacique Raoni, líder da tribo dos Kayapó, sobre os impactos de Belo Monte na região da Volta Grande do Rio Xingu:
Prós e contras na construção da usina:
Prós: Desenvolvimento econômico do Brasil, geração de empregos, contribuição para o suprimento de energia renovável, isenta de emissões poluentes e gasosas. Com isso, o Brasil dá um passo para a segurança energética e atendimento de uma demanda crescente de energia elétrica permitindo uma produção renovável a baixo custo, menor do que outras alternativas.
Contras: Impactos ecológicos e sociológicos sobre as populações indígenas e ribeirinhas próximas ao local; aumento da população e da ocupação desordenada do solo; mudanças na paisagem, causadas pela instalação da infra-estrutura de apoio e das obras principais; perda de vegetação e de ambientes naturais com mudanças na fauna, causada pela instalação da infra-estrutura de apoio e obras principais; mudanças no escoamento e na qualidade da água nos igarapés do trecho do reservatório dos canais, com mudanças nos peixes; danos ao patrimônio arqueológico; mudanças nas espécies de peixes e no tipo de pesca, causada pela formação dos reservatórios; mudanças nas condições de navegação, causada pela formação dos reservatórios; interrupção da navegação no trecho de vazão reduzida nos períodos de seca; perda de ambientes para reprodução, alimentação e abrigo de peixes e outros animais no trecho de vazão reduzida... Entre outros tantos.
Alternativas para não prosseguir com o projeto:
Construção de centrais nucleares, termelétricas, a carvão, a óleo, fontes eólicas ou a bagaço de cana. As alternativas renováveis, como solar ou éolica, são indicadas para atender pequenas demandas espalhadas pelo território, mas não para grandes blocos de energia como as das metrópoles. A nuclear pode ser usada em maior escala como também a termoelétrica a carvão ou a gás. O problema é que todas as alternativas também trazem impactos negativos: as nucleares têm custo alto, as termoelétricas são incovenientes do ponto de vista ambiental, pois emitem gases de efeito estufa. O uso de hidroeletricidade ainda tem vantagens importantes em relação a outras fontes, observando pós e contras.
A autorização
Em 26 de janeiro de 2011, o Ibama deu a "autorização de supressão de vegetação" do projeto. O início dessas obras antecedem a construção de Belo Monte. O procedimento envolve a autorização para o desmatamento em Área de Preservação Permanente (APP). A autorização permite que o consórcio inicie o procedimento de acampamento, canteiro industrial e área de estoque de solo e madeira.
MAIS INFORMAÇÕES SOBRE BELO MONTE:
A sociedade também é muito omissa e não dá a verdadeira importância a fatos como esse!
ResponderExcluirSou contra Belo Monte, o Brasil tem outras formas de conseguir energia!
ResponderExcluirParabéns pelo texto